Louvor, a causa da vitória
Sermão Exortativo sobre: "Louvor, a causa da vitória"
O louvor é uma expressão de júbilo do povo de Deus tanto nos
momentos de profusa alegria como no vale da
dor mais atroz. Jesus,
estando com sua alma angustiada, na noite em que foi
traído, depois
de celebrar a ceia com seus discípulos, no cenáculo, cantou um
hino e
saiu para o monte das Oliveiras, onde travou uma luta de sangrento
suor e
derramou lágrimas, na mais titânica batalha da humanidade. Paulo e Silas
cantaram na prisão, à
meia noite, com seus pés presos no tronco e com seus
corpos ensanguentados. O patriarca Jó, mesmo
esmagado pela dor avassaladora da
morte de seus dez filhos, num único acidente, prostrou-se com o rosto
em terra
e adorou a Deus. Mais tarde chegou a dizer que Deus inspira canções de louvor
nas noites
escuras.
Queremos
examinar o assunto em tela, examinando a passagem de 2 Crônicas capítulo 20.
Josafá, rei de Judá, homem piedoso e temente a Deus foi entrincheirado por três
nações inimigas: Edom, Amom e Moabe. Esses inimigos entraram em acordo para
atacar Jerusalém. A cidade de Davi estava cercada. Os adversários já estavam
posicionados, estrategicamente, às margens do Mar Morto, muito próximo de
Jerusalém. A notícia chegou ao rei de Judá numa hora em que não se tinha tempo
suficiente para esboçar qualquer reação àquele grande exército invasor. Nesse
momento, Josafá teve medo. Sabia que era uma causa humanamente perdida. Sabia
que o tempo conspirava contra ele. Sabia que seus recursos eram insuficientes
para entrar naquela peleja. Em vez de desesperar-se, porém, Josafá pôs-se a
buscar o Senhor, e decretou um jejum em todo o Judá e conclamou o povo a orar.
O próprio rei confessou não saber o que fazer, mas reafirmou sua confiança em
Deus, quando disse: “os nossos olhos estão postos em ti”.
Quando
o povo clama a Deus, a resposta vem e vem trazendo orientação segura. O povo
não deveria temer. Deus lutaria por ele. A vitória não viria do braço da carne
nem da estratégia militar. Deus mesmo desbarataria seus inimigos e lhes daria
retumbante vitória. Surpreendentemente, Deus ordenou que se ordenasse cantores
que, fossem à frente do exército, cantando louvores ao Senhor, em voz alta
sobremaneira. A vitória viria não pela espada, mas pelo louvor. Viria não pelo
combate, mas pela adoração. Diz a Escritura que, tendo eles começado a cantar e
a dar louvores a Deus, o Senhor pôs emboscada contra os inimigos e eles foram
desbaratados. A vitória não veio como resultado da batalha, mas como
consequência do louvor. O louvor não é apenas arma de guerra, mas o brado do
triunfo. O louvor não é apenas consequência da vitória, mas, sobretudo, a causa
da vitória. Não devemos louvar a Deus apenas depois que o inimigo foi
derrotado, mas devemos louvar para que o inimigo seja derrotado. Não devemos
louvar apenas porque o sol está brilhando, mas devemos louvar mesmo nas noites
escuras. Não devemos louvar apenas depois que a tempestade se foi, mas louvar
para que ela se vá. O louvor é uma expressão de confiança inabalável de que
Deus está no controle da situação, mesmo que nós já tenhamos perdido o
controle. O louvor é a manifestação de nossa alegria em Deus, mesmo que as
circunstâncias à nossa volta conspirem contra nós. O louvor não é apenas um
sentimento ou uma emoção, mas uma atitude de descansar em Deus e exultar em sua
bondosa providência.
Quando
o povo de Israel chegou no acampamento do inimigo, o vale da ameaça,
encontraram seus adversários mortos e o acampamento repleto de ricos despojos.
O vale da ameaça foi chamado de “vale da bênção”. O lugar do perigo, tornou-se
o território da vitória. O ambiente de apreensão e medo, transformou-se no
palco da celebração. A arena da espoliação, converteu-se em campo fértil da
provisão. Aquilo que apontava para a morte irremediável, transformou-se no
cenário mais eloquente da vida. O louvor ainda hoje nos coloca acima dos
problemas e mais perto daquele que está assentado na sala de comando do
universo.
Autor:
Hernandes Dias Lopes
Fonte: Palavra da Verdade
Fonte: Palavra da Verdade
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